quarta-feira, 27 de novembro de 2019

quando acelera e tento acalmá-lo mas sem nunca o conseguir controlar. quanto mais fundo respiro mais rápido parece que corre. foge de quê? para onde? acho que tenta escapar daquilo que mais deseja. tratá-lo bem seria fundamental num momento como este, num dia como o de hoje.
se olharmos para o coração como algo exterior a nós, que cai e quebra, poderemos cuidar dele e, consequentemente, de nós de outra forma.
sou grata ao meu corpo: aos meus pés que me levam a bom porto, às minhas mãos que fazem chegar até mim alimento, às minhas covinhas que me denunciam mesmo que fizesse um esforço danado para não sorrir. trato-me como se de outra pessoa se tratasse, mereço o melhor e às células do meu corpo só chega amor, oxigénio e nutrientes que a terra me dá.
o meu coração, por outro lado, tão ligado a uma mente que ainda não domino - provoca em mim a sensação de impotência. quero tratar dele e não pareço saber como.


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