Voltaste a aparecer. Mas desta vez foi diferente. Desta vez nao eras tu.
Só me apercebi quando acordei. Mas nada disso impediu que fizesses sorrir a minha alma mais uma vez, como tantas outras vezes. Que brincasses comigo e me explicasses como estas coisas acontecem, embora nunca vá ter uma explicação aceitável. Nao me parecias feliz, o que me deixou muito triste. Tenho saudades tuas, mas nao digo a ninguém. Nao digo porque nao há nada a dizer. E porque tu és um assunto morto e enterrado, literalmente. Ninguém me percebe, por muito que digam o contrário.
Gostava que aparecesses assim mais vezes, mas com outra cara - com a tua. Foi estranho. Muito estranho. Gostava que continuasses a chegar até mim em sonhos, já que doutra forma não é possível.
Sabes o que mudava tudo agora? O que me faria sorrir e impediria água de escorrer pela minha face? Era garantirem-me que te voltaria a ver, garantirem-me que, depois do mundo acabar, estarias aí à minha espera.
Mas quem me pode garantir isso? Ninguém, nao é? Então, nao tenho outra opção se nao continuar assim, desta forma inexplicável.