Pain, pain, go away.

Custa-me tanto. Entrar ali, ver tanta gente a olhar para uma só pessoa. Todos imploram de joelhos, suplicam e ditam frases que lhes ensinaram na infância. Vejo-lhe os olhos, sao mais de trinta pares de olhos a olhar só para um. Vejo-lhes a alma e consigo ver a esperança que trazem dentro de si. Acreditam no que dizem. E quem me dera conseguir também. E sim, custa-me tanto. Por sempre ter acreditado, e quando mais pedi, quando mais implorei, nao me ouviu. Ele nao me ouviu. E por isso, por sempre pensar que ele estivera a meu lado, e ao lado dos meus, acabou. A esperança voou. E tenho a certeza de que nao regressará.

Entro no Seu mundo porque sou obrigada, mas logo passado pouco tempo, tenho de retirar-me. Começa a faltar-me o ar. É sempre assim, todos os domingos abandono aquele sítio. Aquelas quatro paredes nao me fazem bem. O ar que paira sufoca-me. Foi assim que há pouco mais de um ano, tudo acabou. Para mim tudo nao passou de uma história.

Arde-me o peito quando entro lá e sinto uma certa raiva - ainda raiva, para sempre raiva. E aí, nesse pouco tempo que estou lá, uma lágrima escorre-me na face. Nao consigo evitar. Porquê? Porque é que teve que ser assim?